O presidente Jair Bolsonaro decidiu condecorar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, com a Ordem do Mérito Naval, no Grau de Grande Oficial, a mais alta condecoração, em meio a polêmicas envolvendo o ministro, que terá que se explicar por ter dito, em uma reunião ministerial, que gostaria de ver presos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O decreto foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial. Weintraub foi intimado esta semana, depois de decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de que deveria prestar esclarecimentos por suas declarações durante a reunião.
Além de Weintraub, a condecoração também será dada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que tem sido elogiado pelo presidente, ao mesmo tempo em que é criticado por tomar posições em defesa do governo.
Na noite de quinta-feira, em sua live semanal, o presidente disse que Aras tem tido uma "atuação excepcional" a frente da PGR e sugeriu que pode indicá-lo ao STF, caso tenha direito a uma terceira vaga na corte durante o seu mandato. Atualmente, a previsão é de que Bolsonaro possa indicar nomes para os lugares de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, que se aposentarão, respectivamente, este ano e em 2021.
Além de Weintraub e Aras, constam na lista dos condecorados com grau de oficial os ministros Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Marcelo Álvaro Antonio, do Turismo, além de deputados como Hélio Lopes (PSL-RJ) e Philippe de Orleans e Bragança, da base bolsonarista.
No total 29 civis receberão a condecoração pela primeira vez e outros seis serão promovidos de grau. Algumas dezenas de militares também serão condecorados.