O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 26, em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), agiu de forma diferente do que fez no passado ao rejeitar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro disse lamentar a decisão de Pacheco e afirmou que quando o ministro do STF Luís Roberto Barroso determinou a abertura da CPI da Covid na Casa o presidente do Senado cumpriu a decisão.
O presidente assinou o pedido de impeachment contra Moraes e voltou a acusar o ministro de ignorar artigos da Constituição.
Bolsonaro disse que seguirá lutando "dentro das quatro linhas" para, segundo ele, "garantir a liberdade do povo".
"Se STF rejeitar marco temporal para terras indígenas, agronegócio acaba"
Na mesma entrevista, Jair Bolsonaro pontuou que, caso o Supremo Tribunal Federal rejeite um marco temporal para demarcação de terras indígenas, o agronegócio acabará no Brasil e País terá de importar alimentos.
O Supremo pode analisar nesta semana a eventual aplicação do chamado marco temporal para a demarcação de terras indígenas, assunto polêmico que é defendido por ruralistas e rechaçado pelos povos originários que se mobilizam para barrá-la.
A tese, se vencedora, introduziria uma espécie de linha de corte para as demarcações. Algumas áreas somente seriam passíveis de demarcação se ficar comprovado que os índios estavam em determinadas terras quando da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.