O presidente Jair Bolsonaro decidiu, que deixará o PSL. O anúncio oficial deverá ser feito nos próximos dias. A princípio, a maior autoridade do País ficará sem partido, mas a tendência é a criação de uma nova sigla, 100% bolsonarista. De acordo com a revista Época, a intenção do presidente é juntar "cerca de 100 deputados" de partidos como Novo, DEM, PP, PTB, PL, Podemos, PSDB e do próprio PSL, que tenham ideias alinhadas com o governo. A nova sigla seria o Partido Militar Brasileiro. Outra possibilidade, levantada pelo jornal Folha de São Paulo, seria a recriação da União Democrática Nacional (UDN). No entanto, o presidente ainda é sondado por outras legendas, em especial o Patriota.
A saída do presidente tende a causar uma debandada no PSL, que foi de nanico a segundo maior da Câmara por conta da onda bolsonarista. Flávio e Eduardo Bolsonaro deverão seguir os passos do pai. Outros 20 parlamentares da sigla também estariam dispostos a seguir os passos do capitão reformado, que convocou uma reunião com apoiadores para esta terça-feira (12), no Palácio do Planalto. Por conta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, políticos com cargo executivo podem fazer a troca de partido sem perder o mandato. Os parlamentares, por outro lado, terão que buscar a desfiliação na Justiça.
O recente desgaste com lideranças do partido, como o presidente da sigla Luciano Bivar e os ex-aliados Joice Hasselmann, ex-líder do governo no Congresso e Delegado Waldir, ex-líder do PSL na Câmara e Major Olímpio é um dos principais motivos para a saída de Bolsonaro, que também tem se incomodado com as críticas de aliados aos seus filhos. Outro motivo seria o envolvimento da legenda em casos de corrupção, como o "laranjal do PSL". A equipe do governo avalia que Bolsonaro deve se distanciar dos escândalos para não perder popularidade.