Bolsonaro deve indicar "terrivelmente evangélico" ao STF

Um dos nomes cotados para ser nomeado por Bolsonaro a uma vaga na corte é André Mendonça

8 mai 2021 - 12h02
(atualizado às 12h38)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar neste sábado, 8, que nomeará um nome "terrivelmente evangélico" para a cadeira no Supremo Tribunal Federal que ficará vaga em julho com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

Presidente Jair Bolsonaro participou de encontro com evangélicos na manhã deste sábado, 8, em Brasília; evento foi transmitido em rede social.
Presidente Jair Bolsonaro participou de encontro com evangélicos na manhã deste sábado, 8, em Brasília; evento foi transmitido em rede social.
Foto: Reprodução/Facebook/Jair Bolsonaro / Estadão Conteúdo

A um grupo de apoiadores evangélicos no Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou também a defender a hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. O remédio, indicado para malária e doenças autoimunes, já se mostrou ineficaz contra a covid-19 em estudo científico.

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"Quem indica vagas pro Supremo Tribunal Federal passa por mim. A palavra final não é minha, é do Senado, tem uma sabatina lá. Mas vocês sabem que o dia 5 de julho, 4 de julho, vai ter um terrivelmente evangélico", disse Bolsonaro na conversa, transmitida ao vivo em sua conta no Facebook.

"Tem um cotado aí, por enquanto é ele, mas não tá batido o martelo ainda", disse o presidente.

Um dos nomes cotados para ser nomeado por Bolsonaro a uma vaga na corte é o do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, que também é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança em Brasília.

Bolsonaro criticou o foco da CPI da covid no Senado sobre a hidroxicloroquina e disse que fará um vídeo com ministros para defender o uso do medicamento contra a covid.

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"A gente vai fazer nesta semana um vídeo com os 22 ministros e todos que tomaram hidroxicloroquina vão dizer: 'eu tomei'", disse aos apoiadores.

Sem usar máscara, o presidente criticou ainda a indústria farmacêutica e disse que será o último brasileiro a tomar uma vacina contra a covid-19.

"A indústria farmacêutica como regra visa o dinheiro e remédio barato não tem vez. Estamos aí com a vacina, ela está sendo aplicada no Brasil. Eu vou ser o último a tomar."

Apesar das recomendações, inclusive do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para evitar aglomerações para conter a disseminação do coronavírus, Bolsonaro ficou mais de 27 minutos falando aos apoiadores.

No domingo, Dia das Mães, o presidente disse que fará um passeio de motocicleta por Brasília.

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