O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília, segundo reportagem do 'The New York Times', e informou ao STF que não tinha receio de prisão naquele momento.
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não havia "fundado e justificado" receio de prisão ao explicar a estadia de duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília. O esclarecimento faz parte da resposta enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
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O esclarecimento foi dado após ordem de Moraes, que cobrou explicações do ex-presidente, depois do jornal The New York Times revelar o caso. A defesa tinha até esta quarta-feira, 27, para apresentar os argumentos.
A defesa de Bolsonaro argumenta que, em 8 de fevereiro, a Polícia Federal já havia efetuado prisões, cumprido ordens de busca e apreensão, além de confiscar o passaporte do ex-presidente, o que claramente demonstra que não havia intenção de prendê-lo. Com base nesse argumento, o ex-presidente e seus advogados sustentam que, se ele tivesse que ser preso, isso teria ocorrido no próprio dia 8.
A operação Tempus Veritatis investiga a participação de Bolsonaro e seus assessores mais próximos na coordenação de uma suposta tentativa de golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse de Lula.
Na segunda-feira, 25, quando o caso foi revelado pelo jornal americano The New York Times, o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador a prestar esclarecimentos sobre a hospedagem de Bolsonaro na representação diplomática do país em Brasília. Informações da Reuters apontam que Halmai teve uma reunião com a embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty. O que foi discutido não foi revelado.
Segundo o NYT, imagens de câmeras de monitoramento registraram o momento que Bolsonaro chegou no local em 12 de fevereiro, dias após ele ter entregado o passaporte em uma operação da Polícia Federal. No entanto, o ex-presidente só foi visto saindo da representação diplomática húngara dois dias depois, no dia 14.