O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que os caminhoneiros devem manter as paralisações em estradas do país até domingo, e disse que os alertou em conversa mais cedo que a continuidade do movimento além desse dia começará a provocar "problemas seríssimos" de desabastecimento.
Bolsonaro disse ter agradecido aos caminhoneiros pelo movimento iniciado após os atos convocados pelo presidente para o feriado do Dia da Independência, e considerou "fantástico" o que tem sido feito por eles.
Os protestos dos caminhoneiros, aliados do governo, ganharam força um dia depois das manifestações do 7 de Setembro. Em Brasília, o ato patrocinado pelo presidente foi marcado por presença significativa de caminhões na Esplanada dos Ministérios. Cerca de 40 ainda permaneciam na Esplanada na manhã desta quinta e recusavam-se a sair, apesar das negociações com a Polícia Militar local. Durante a noite houve momentos de tensão, com o grupo fazendo buzinaços na madrugada.
Para além das pautas colocadas pelo próprio presidente no 7 de Setembro, quando Bolsonaro subiu o tom dos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçou a corte com uma ruptura, os caminhoneiros demandam a queda do preço dos combustíveis.
De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Infraestrutura, os protestos iniciados por caminhoneiros na quarta-feira aconteciam em 13 Estados do país na tarde desta quinta, mas não havia registros de interdição de pista, após reunião de Bolsonaro com representantes da categoria.