O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira que irá participar e discursar nos atos organizados para o dia 7 de setembro em Brasília e em São Paulo, ao mesmo tempo que afirmou que não será uma "palavra de ameaça".
"Dia 7, neste horário, vamos hasteá-la (a bandeira do Brasil) aqui numa cerimônia militar, às 8h. Às 10h, estamos aqui na Esplanada, pretendo usar a palavra. Não é uma palavra de ameaça a ninguém. Estaremos em São Paulo fazendo a mesma coisa. Podem ter certeza: teremos fotografia para o mundo do que vocês querem. Só posso fazer alguma coisa se vocês assim o desejarem", disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Apesar de tentar passar uma imagem de que está aberto ao diálogo e ter afirmado na quinta-feira que não pretende fazer uma "ruptura" --ou um golpe de Estado--, o presidente mantém um tom de conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principais alvos da manifestação do dia 7.
Em suas investidas pela aprovação do voto impresso, foi o próprio Bolsonaro quem convocou uma manifestação, com o que chamou de "último recado" do povo ao STF e ao TSE.