Bolsonaro diz que Mais Médicos era guerrilha, mas não prova

"Precisa ter prova disso daí? Você acha que está escrito isso aí em algum lugar?", disse o presidente

16 ago 2019 - 14h19
(atualizado às 14h29)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a afirmar que a contratação de médicos cubanos para o Programa Mais Médicos era, na verdade, um meio para criar grupos de guerrilha e doutrinação no Brasil. "O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres, para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que, quando eu cheguei, eles foram embora porque eu ia pegá-los", disse.

Bolsonaro sugeriu que os médicos passaram por processo seletivo pouco rígido. "Faz uma provinha lá... benzetacil, aplica onde? (Os cubanos) não sabem responder", declarou.

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O presidente Jair Bolsonaro 
O presidente Jair Bolsonaro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Questionado sobre provas de que os cubanos eram guerrilheiros, Bolsonaro devolveu a pergunta: "Precisa ter prova disso daí? Você acha que está escrito isso aí em algum lugar?."

O presidente também desconversou sobre quais ações os supostos guerrilheiros teriam feito no País. "É preparação, é preparação. Você não faz as coisas de uma hora para outra", disse.

O governo lançou no começo de agosto o programa Médicos Pelo Brasil, que vai substituir o Mais Médicos. A proposta cria uma carreira com formação e salários de até R$ 31 mil.

A medida provisória ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.

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