O presidente Jair Bolsonaro disse que seria forçado a sancionar o fundão, caso o valor previsto para a medida na Lei de Diretrizes Orçamentárias fosse (LDO) fosse "da ordem de R$ 3 bilhões". "O que a lei manda fazer é corrigir o fundão pela inflação nos últimos dois anos. Então, se tivesse chegado um fundão na ordem de R$ 3 bilhões, eu seria obrigado a sancionar. Um deputado ou senador pode votar no que ele quiser", disse em entrevista à rádio Jovem Pan Itapetininga na manhã desta quarta-feira (21).
Bolsonaro prometeu, ontem, que vetaria o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso. Nas redes sociais, representantes da base aliada do governo foram criticados por terem votado favoravelmente ao reajuste de R$ 3,7 bilhões da verba à qual partidos teriam acesso para financiar campanhas eleitorais. O presidente os defendeu ao dizer que a LDO era de interesse do Executivo e que o aumento do valor do fundão era "casca de banana" deixada pelo Parlamento. No entanto, governistas não apoiaram a iniciativa do Novo de pedir destaque para que a matéria fosse votada separadamente do restante da previsão orçamentária de 2022.
Internet nas escolas
Bolsonaro também se queixou das críticas que recebe por ter vetado projeto aprovado pelo Congresso para instalação de internet nas escolas. Segundo ele, não havia previsão de execução orçamentária e, caso sancionada, sua gestão correria risco de ser enquadrada no artigo 85 da Constituição, que trata dos crimes de responsabilidade da Presidência da República.
"Eu vetei. Aí o pessoal fala: que presidente maldoso, ele não quer internet nas escolas. Só que o custo chegava a R$ 4 bilhões e o deputado que é o pai da criança não apresentou a fonte de custeio. Se eu sanciono, eu estou em curso no artigo 85 da Constituição, crime de responsabilidade. Eu tenho um montão de trava do meu lado, não posso fazer o que vem na telha", justificou-se.