Após a confirmação do PT na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse nesta terça-feira que continuará a integrar o grupo para evitar que prevaleça o que chamou de “agenda promíscua”. Bolsonaro tentou articular apoio para presidir o grupo, mas o PT decidiu ficar com a comissão presidida em 2013 por Marco Feliciano (PSC-SP).
“Vou para a comissão como membro para evitar toda aquela promiscuidade. Quem for para lá não vai ter vida boa, não. Não vai ter seminário LGBT infantil. Não vai ter kitgay”, disse o deputado, que afirma ter obtido apoio de seu partido para ocupar uma das duas vagas da sigla na comissão. Segundo Bolsonaro, Marco Feliciano também continuará na comissão.
O PT garantiu os Direitos Humanos nesta terça na divisão de comissões. Com a maior bancada da Casa, a sigla tem o direito de ser a primeira a escolher uma comissão para presidir. O partido ficou com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Seguridade Social e Família.
Pressionado por defensores dos direitos humanos, o PT retomou o controle da comissão depois de um ano polêmico com o Pastor Marco Feliciano, conhecido por comentários considerados homofóbicos e racistas. A possibilidade de Bolsonaro presidir a comissão gerou protestos de ativistas, que fizeram um “beijaço” gay na Câmara na última terça-feira.