O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende corrigir pela inflação a tabela do imposto de renda em 2020. A declaração foi dada neste domingo, 12, à Rádio Bandeirantes. "Falei para o Guedes (ministro da Economia, Paulo Guedes) corrigir a tabela do IR de acordo com a inflação no ano que vem. Pedido não é uma ordem, mas pelo menos corrigir o IR pela inflação para o ano que vem, com certeza vai sair", declarou o presidente.
Bolsonaro disse que tentará realizar uma reforma tributária, mas que solicitou à sua equipe que os trabalhos sejam feitos "devagar". "Não pode ir com muita pressa. Pedi ao pessoal para ir mais devagar para resolver mais coisa", afirmou.
Segundo o presidente, Guedes ouviu um segundo pedido em relação à reforma tributária: que o limite de dedução com gastos em saúde e educação possam ser ampliados.
Previdência
Em relação à Previdência, Bolsonaro disse que com uma "boa reforma", o governo terá "folga de caixa para atender a população".
De acordo com ele, a reforma da Previdência é como uma vacina: "Tem que dar a vacina no moleque, e a nova vacina no momento é a Nova Previdência". O presidente complementou afirmando que "não é fácil governar o Brasil e que, por isso, tem que ter equipe de ministros que converse contigo; são 24 pessoas (incluindo o vice-presidente Hamilton Mourão) para buscar soluções para o Brasil".
O presidente afirmou que os parlamentares darão apoio à reforma previdenciária.
Bolsonaro também respondeu a declaração do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho, feita no Dia do Trabalho, 1º, que defendeu que o 'Centrão' deveria "desidratar" a reforma da Previdência para evitar a reeleição dele. "Já que Paulinho falou isso, ele não está pensando no Brasil", disse.
Sobre os sindicatos, Bolsonaro se posicionou contrário ao desconto automático do imposto sindical no contracheque do trabalhador. De acordo com o presidente, os sindicatos são a "coisa que mais atrapalha o Brasil, pois a maioria legisla em causa própria".