O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (4) ter tido acesso, horas atrás, a novas informações que supostamente demonstrariam a possibilidade de fraude nas eleições.
Em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Jovem Pan, Bolsonaro disse que disponibilizaria pela internet a seus seguidores, inquérito sigiloso da Polícia Federal, obtido pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR) no início dos trabalhos da comissão especial, que mostraria o acesso de hacker a sistemas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de abril a novembro de 2018.
Segundo Bolsonaro, em 2018 uma pessoa teria acessado o código de programação das urnas eletrônicas, assim como senhas de acesso de um ministro e de servidor da Corte. Segundo o presidente, o agente teria oferecido o material ao blog TecMundo em novembro de 2018.
A plataforma, entretanto, mantém no ar uma correção ao material que havia sido publicado e destaca que "um grupo de criminosos digitais republicou um apanhado de dados antigos, possivelmente de 20 anos atrás, como se fossem resultado de um ataque recente ao TSE".
"Fontes do TecMundo conseguiram confirmar que existem registros de data e hora no pacote de dados divulgado neste domingo, remetendo ao período de 2001 até 2010", reforça.
De acordo com a plataforma, as informações teriam sido obtidas de um servidor abandonado, o que tornaria os dados irrelevantes ou pouco valiosos até mesmo para estelionatários digitais.
Bolsonaro tabém acusou o TSE dde acobertar invasão ao sistema eleitoral da Corte que continha os códigos usados nas urnas eletrônicas. "O próprio TSE apagou os arquivos por onde andou o hacker e estaria ali a prova onde ele possivelmente adulterou. É inquérito que o TSE deveria dar prioridade máxima", disse Bolsonaro em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Jovem Pan. "Isso é um crime. É um crime!". Segundo o presidente, sobre as urnas eletrônicas, o TSE é "réu confesso".
Apesar de a versão já ter sido rebatida no ano passado, o presidente voltou a reforçar, sem provas, a hipótese de que sua chapa teria ganho "disparado" no primeiro turno das eleições de 2018. "Não quero inventar, mas são indícios fortíssimos", disse.
Após ter sido aberto inquérito pelo TSE para apurar os ataques de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, o presidente reforçou também os ataques contra o presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso. Segundo Bolsonaro, Barroso é mentiroso e propaga fake news, em especial, sobre a possibilidade de a proposta de recibo eleitoral, se aprovada, favorecer a compra de votos. "É triste chamar um ministro de mentiroso", completou Bolsonaro.
Com informações do Estadão Conteúdo.