Bolsonaro e Benítez fazem reunião sobre contrato de Itaipu

Presidentes do Brasil e Paraguai discutiram nesta 4ª feira a revisão do contrato da hidrelétrica, que fica na fronteira entre os países

24 nov 2021 - 17h44
(atualizado às 18h16)
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
Foto: Reuters

Em um encontro oficial no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, discutiram nesta quarta-feira (24), a revisão do contrato da hidrelétrica Itaipu Binacional, que fica na fronteira entre os países. Os ministros Carlos França (Relações Exteriores) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) também participaram das conversas.

Logo após a reunião, os dois líderes realizaram uma declaração à imprensa, mas não responderam a perguntas dos jornalistas presentes. O pronunciamento não constava da agenda oficial de Bolsonaro.

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Os dois presidentes confirmaram novas discussões sobre o chamado "anexo C" do contrato de Itaipu. O trecho trata da parte financeira do tratado, que deve ser revisto, por lei, até 2023, quando completa 50 anos. "Temos até 2023 para avançar nesse processo de revisão. Avançamos na enorme cooperação mútua", disse Benítez.

"Também outros assuntos tratamos, como, por exemplo, demos mais um passo na questão de criação de tilápia no lago de Itaipu. Isso passa pelo Parlamento do Paraguai, que há uma enorme boa vontade do governo local aqui presente", acrescentou o chefe do Executivo brasileiro.

A possibilidade de criar a espécie de peixe em Itaipu é um sonho antigo de Bolsonaro, segundo quem a iniciativa aumentaria em 40% a oferta de tilápia no País.

De acordo com o presidente brasileiro, questões relacionadas à segurança de fronteiras, combate ao crime organizado e construção de pontes entre os dois países também foram tratadas na conversa.

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"Vamos concluir a segunda ponte com o Paraguai em meados do ano que vem", disse Bolsonaro. "Nosso intercâmbio comercial tem ido muito bem e vai ficar cada vez melhor. Sentimos e somos solidários aos problemas econômicos que porventura ocorrem no Paraguai. Sabemos que nosso relacionamento não é apenas comercial, tem o político e mais do que os dois juntos, o afetivo".

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