Bolsonaro ecoa preocupações dos EUA sobre acordo Mercosul-UE

Presidente reafirmou as preocupações do secretário norte-americano Wilbur Ross sobre supostas "armadilhas" no acordo

31 jul 2019 - 16h56
(atualizado às 17h35)

O presidente Jair Bolsonaro ecoou nesta quarta-feira as preocupações manifestadas pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, sobre supostas "armadilhas" no acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia, fechado em junho deste ano.

O comentário de Bolsonaro foi feito depois de um encontro com Ross, que o presidente classificou de excelente.

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19/07/2019
REUTERS/Adriano Machado
19/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Ao ser perguntado sobre as restrições feitas pelo secretário norte-americano no dia anterior, em São Paulo, sobre possíveis "pílulas de veneno" que poderiam constar do acordo com os europeus que pudessem impedir um acordo futuro com os EUA, Bolsonaro confirmou que o tema foi tratado em sua conversa.

"Todo mundo está preocupado com algumas armadilhas, todo mundo preocupado com isso aí, que você talvez possa no acordo com Mercosul ter algum problema ao assinar um acordo com os EUA. Isso vai em cima até numa questão de inteligência, todo mundo tem que se preocupar com isso daí, tem que saber se porventura há armadilhas ou se não há, a gente parte do princípio de que não há" afirmou.

O acordo foi fechado com os europeus no final de junho, em Bruxelas, mas ainda precisa ser ratificado pelos Parlamentos de 28 países europeus e pelos quatro Congressos sul-americanos.

Ainda há lacunas no detalhamento do texto do acordo, que não chegou a ser revelado inteiramente, e reclamações de ambas as partes de que há porções pouco claras ainda. No entanto, o governo brasileiro comemorou o fim da negociação, que foi iniciada em 2006, suspensa, e retomada em 2012.

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