Bolsonaro está repensando sua relação com partidos, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, destacou que cada governante constrói a sua base aliada de um jeito

6 mai 2020 - 20h22
(atualizado às 20h48)
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia
11/03/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia 11/03/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro está repensando sua relação com os partidos políticos, disse nesta quarta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacando que cada governante constrói a articulação com o Legislativo de um jeito.

Questionado em entrevista coletiva se o governo já tem uma base aliada consolidada no Congresso, Maia disse que cabe ao Palácio do Planalto fazer esta avaliação, ressaltando que é um direito do governo construir esse apoio de forma transparente.

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Bolsonaro foi eleito com uma plataforma crítica ao que chama de velha política, que seria a obtenção de apoio no Congresso em troca de cargos no Executivo. Em meio a notícias de negociação para a participação dos partidos do chamado centrão numa base de apoio ao governo, o presidente tem repetido que é possível ministros darem cargos sem ele ao menos saber disso.

Maia, que baixou o tom nas críticas a Bolsonaro desde que o presidente desferiu duros ataques contra o deputado, se reuniu nesta quarta com os ministro Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Netto (Casa Civil).

Questionado sobre a reunião, Maia disse que Ramos tem conversado bastante com ele e ressaltou que sempre teve uma boa relação com Braga Netto, que foi interventor de segurança pública durante o governo Temer no Estado do Rio de Janeiro, base eleitoral do presidente da Câmara.

Maia disse que recebeu os ministros e vai continuar dialogando com os dois. Segundo ele, esse diálogo e canal aberto está de bom tamanho.

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O deputado aproveitou para destacar que seria bom que o governo tivesse uma posição única sobre os projetos em votação, após aparente desencontro entre as posições da equipe econômica e do Planalto no projeto de ajuda a Estados e municípios, em relação às categorias de servidores que ficarão com salários congelados por 18 meses.

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