Bolsonaro já é réu? Entenda o que será julgado pelo STF nesta terça-feira

A Primeira Turma do STF deve analisar em dois dias a denúncia oferecida pela PGR contra Bolsonaro e sete aliados

25 mar 2025 - 07h41
(atualizado às 07h53)
Resumo
O STF começa a julgar a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe de Estado, analisando se há elementos para abrir uma ação penal ou arquivar o caso.
Bolsonaro em protesto em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março
Bolsonaro em protesto em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março
Foto: Wagner Meier/GettyImages

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a analisar, nesta terça-feira, 25, se aceita ou não a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados por tentativa de golpe de Estado. Ou seja, por enquanto, Bolsonaro ainda não é réu, mas pode vir a ser.

Para isso, a Primeira Turma do STF precisa entender que a denúncia atende aos requisitos legais, com a demonstração de fatos enquadrados como crimes e de indícios de que os denunciados foram os autores desses delitos. Assim, a Corte avaliará se a acusação trouxe elementos suficientes para a abertura de uma ação penal. 

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Se a denúncia for aceita, será aberta uma ação penal e os oito denunciados, que formam o Núcleo 1 apresentado pela PGR, tornam-se réus e respondem ao processo no STF. Já caso a maioria dos ministros opte pela rejeição da denúncia, o caso é arquivado.

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Qual é a denúncia feita pela PGR?

Em 18 de fevereiro, Bolsonaro e aliados foram denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Quem são os ministros que analisarão a denúncia?

O caso está com a Primeira Turma do STF, formada pelos ministros: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Quem são os acusados?

Nesta terça e quarta-feira, 25 e 26, o STF analisará a denúncia contra o chamado Núcleo 1 do golpe. O termo foi usado pela própria PGR e se refere a:

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  • Jair Bolsonaro - ex-presidente da República;
  • General Braga Netto - ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022;
  • General Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier - ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira - general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid - delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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O julgamento acontecerá em até três sessões, segundo designado por Zanin, presidente da Primeira Turma. Serão duas sessões no dia 25, às 9h30 e às 14h, e a terceira no dia 26, às 9h30.

Confira como será o rito do STF para a sessão:

  • O relator abre com a leitura do relatório. Neste caso, o relator é o ministro Alexandre de Moraes;
  • A PGR tem 30 minutos disponível para apresentar a sua acusação;
  • As defesas têm direito a 15 minutos cada. Neste caso, sendo oito acusados, as defesas terão ao todo 120 minutos, ou seja, duas horas;
  • Em seguida, o relator vota nas questões preliminares, acompanhado pelos demais ministros na ordem crescente de antiguidade;
  • Depois, o relator vota no mérito, ou seja, se recebe ou não a denúncia, também acompanhado em seguida pelos demais ministros.
Fonte: Redação Terra
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