Bolsonaro mantém discurso anti-isolamento e pró-cloroquina

Presidente disse que ele é a "prova viva" da eficácia do medicamento contra a covid-19

13 ago 2020 - 12h08
(atualizado às 12h31)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quinta-feira o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. “Eu sou a prova viva que deu certo”, afirmou o capitão da reserva para os apoiadores.

Presidente Jair Bolsonaro em Brasília
12/08/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em evento no Pará, o presidente lembrou os mais de 100 mil mortos no Brasil infectados pelo novo coronavírus e disse que, caso tivessem sido tratadas com os medicamentos, essas vidas poderiam ter sido poupadas. “Sabemos que mais de 100 mil pessoas morreram. Caso tivessem sido tratadas lá trás, essas mortes poderiam ter sido evitadas. Aqueles que criticaram a cloroquina não apresentaram alternativas", disse Bolsonaro. A cloroquina e hidroxicloroquina não tem qualquer eficácia comprovada no combate à covid-19. As drogas também podem causar efeitos colaterais potencialmente perigoso.

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O presidente repetiu mais uma vez que o desemprego causa depressão e pode levar à morte também. "“Desde o início eu já dizia: temos dois problemas pela frente. O vírus e o desemprego. E ambos devem ser tratados com a devida responsabilidade. Nessa esteira, o governo rolou dívidas, adiantou recursos, compensou perdas de ICMS e de ISS para estados e municípios, combatemos o desemprego. Sabemos que a vida não tem preço, mas o desemprego leva à depressão e leva também à doença e à morte”, finalizou.

Desde o início da pandemia no Brasil, Bolsonaro tem insistido nas consequência econômicas da paralisação de atividades, imposta por governadores e prefeitos como meio de frear a disseminação do vírus.

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