O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou Rodrigo Limp para o Conselho de Administração da Itaipu Binacional, com mandato até 16 de maio de 2024. Ele substitui Wilson Ferreira Júnior, que renunciou à Presidência da Eletrobras em janeiro e agora foi exonerado da função de conselheiro. A troca foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, 28, com as assinaturas de Bolsonaro e do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.
O Conselho de Administração da Itaipu Binacional é composto por 14 integrantes, sendo sete brasileiros e sete paraguaios — seis conselheiros e um representante do Ministério de Relações Exteriores de cada país.
Presidência da Eletrobras
O novo integrante do Conselho da Itaipu, Rodrigo Limp, foi o escolhido para comandar a Eletrobras após a renúncia de Wilson Ferreira Júnior, que assumiu a Presidência da BR Distribuidora. No dia 24 de março, a estatal informou em fato relevante que seu conselho de administração decidiu, por maioria, recomendar o nome de Limp para ocupar uma vaga no colegiado, "visando o exercício futuro do cargo de Presidente da Companhia".
"Após a devida aprovação pela Casa Civil, o sr. Rodrigo deverá ser eleito como conselheiro de administração, em assembleia geral ordinária, e, posteriormente, deverá ser eleito, pelo Conselho de Administração, como novo Presidente", disse a Eletrobras na ocasião, em documento assinado pela diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Cavalcanti Presta.
A escolha de Limp para o comando da estatal levou à demissão, a pedido, do coordenador do Comitê de Auditoria e Risco Estaturário e membro do conselho de administração da companhia, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha. Segundo ele, houve "desvio do processo sucessório" e "quebra irremediável de confiança" na escolha do novo presidente, embora o mercado tenha reagido bem à indicação de Limp.
"É de fato um nome bom, mas isso não basta para ser CEO da Eletrobrás, a empresa mais complexa do Brasil. Há um equívoco do governo em achar que pegar o craque da privatização e botar na presidência vai ser bom. A Eletrobrás não roda sozinha", disse Cunha, à época, ao Estadão/Broadcast.
O principal desafio de Rodrigo Limp à frente da Eletrobras será conduzir a privatização da estatal, um dos objetivos do governo para este ano.
Limp foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre maio de 2018 e março de 2020, e atualmente ocupa o cargo de secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME). Ele é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tem MBA em Gestão em Empresas de Energia Elétrica pela FGV, especialização em Direito Regulatório de Energia pela Universidade de Brasília (UnB) e mestrado em Economia do Setor Público, também pela UnB.