Bolsonaro: operação que flagrou senador é motivo de orgulho

Presidente repetiu que em seu governo não há corrupção e procurou se afastar da relação com seu vice-líder flagrado com dinheiro na cueca

15 out 2020 - 10h15
(atualizado às 15h40)

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou nesta quinta-feira, 15, que não existe corrupção no seu governo e tentou afastar qualquer ligação com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), um dos vice-líderes do governo no Senado, pego em operação da Polícia Federal com dinheiro escondido na cueca.

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
14/10/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 14/10/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Parte da imprensa me acusando do cara ser meu amigo, eu coloquei como vice-líder e que eu não combato a corrupção. Vamos deixar bem claro, essa operação da Polícia Federal de ontem, como metade das operações, foi em conjunto com Controladoria-Geral da União. Ou seja, nós estamos combatendo a corrupção. Não interessa quem seja a pessoa suspeita", disse Bolsonaro a apoiadores que perguntaram sobre a operação em Roraima, na saída do Palácio da Alvorada.

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De acordo com uma fonte, durante a operação de quarta-feira, 14, que apurava desvios de recursos públicos oriundos de emendas parlamentares para uso no combate à pandemia de covid-19, Rodrigues foi encontrado pelos policiais com dinheiro escondido nas nádegas.

Eldorado Expresso: PF encontra dinheiro na cueca de vice-líder do governo Bolsonaro
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Bolsonaro afirmou que a operação de ontem é "fator de orgulho" para seu governo e que algumas pessoas acham que toda corrupção tem a ver com o Executivo, mas que seu governo "são os ministros, as estatais e bancos oficiais."

"Essa operação de ontem é típica do meu governo. Não tem corrupção no meu governo e combatemos a corrupção, seja de quem for. Vocês estão há quase dois anos sem ouvir falar em corrupção no meu governo", afirmou.

"Nós destinamos bilhões de reais a Estados e municípios, tem as emendas parlamentares também, e de vez em quando, não é muito raro, a pessoa faz uma malversação desses recursos. Agora, a CGU está de olho, a nossa PF está de olho e tomamos decisões."

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