O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na manhã desta quarta-feira, 16, madrugada no Brasil, de cerimônia em homenagem a soldados do exército russo mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), época em que a Rússia era a comunista União Soviética. Ele não usava máscara de proteção contra a covid-19.
Foi o primeiro compromisso do presidente na visita oficial à Rússia. Mais tarde, ele se encontra com o presidente Vladimir Putin no Kremlin, sede do governo local, considerado o ponto alto da viagem.
Bolsonaro fez entrega de flores no monumento conhecido como "túmulo do soldado desconhecido", erguido em nome de militares mortos sem identificação durante o confronto com os nazistas.
Junto aos Estados Unidos, os soldados do exército da União Soviética tiveram papel decisivo para a derrota das tropas alemãs de Adolf Hitler na Segunda Guerra.
A homenagem com referências ao passado comunista da Rússia acontece no momento em que Bolsonaro tenta reciclar o discurso de combate à esquerda e ao comunismo, de olho nas eleições de 2022.
Ao anunciar sua viagem à Rússia, o chefe do Executivo, que quer disputar a reeleição, garantiu a apoiadores que o presidente russo, Vladimir Putin, seria "conservador".
A solenidade contou com honrarias militares e execução do hino nacional brasileiro pela banda do Exército russo. Além de autoridades militares do país, estavam presentes os ministros Carlos França (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-geral da Presidência) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). O embaixador do Brasil na Rússia, Rodrigo Baena Soares, também marcou presença.
O "túmulo do soldado desconhecido" fica nos Jardins de Alexandre, em frente ao hotel Four Seasons, onde o presidente está hospedado em Moscou, próximo ao Kremlin e à Praça Vermelha.