O presidente Jair Bolsonaro será submetido na próxima sexta-feira, 25, a uma cirurgia para retirada de cálculo na bexiga. O procedimento será realizado pelo urologista Miguel Srougi no Hospital Vila Nova Star, da Rede DOr São Luiz, em São Paulo.
A cirurgia é considerada simples e a previsão é de que o presidente fique de um a dois dias hospitalizado. A informação foi confirmada ao Estadão por fontes médicas e do Palácio do Planalto.
Procurada, a Secretaria Especial de Comunicação informou que "ainda não há detalhes sobre o assunto até o momento".
Bolsonaro viajará ao Rio de Janeiro antes de se submeter a sua sexta cirurgia, desde 2018. Na quarta-feira, 23, o chefe do Executivo fará uma visita à Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), onde deve passar a noite. No dia seguinte, está programada a presença do presidente em um evento na Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio.
A necessidade da nova cirurgia foi contada pelo chefe do Executivo a apoiadores no Palácio da Alvorada, em 1º de setembro. Bolsonaro disse que estava com um cálculo na bexiga "maior que um grão de feijão".
"Esse cálculo aqui é de estimação. Eu tenho há mais de cinco anos, está na bexiga. É maior que um grão de feijão. Resolvi tirar porque deve estar aí ferindo internamente a bexiga", afirmou na ocasião. No dia anterior à declaração, Bolsonaro havia ido ao serviço médico do Palácio do Planalto.
Na última terça-feira, 15, antes de iniciar o expediente, Bolsonaro compareceu novamente ao consultório localizado no anexo do Palácio do Planalto. Nas duas recentes idas ao serviço médico, a Secretaria Especial de Comunicação não deu detalhes sobre o estado de saúde do presidente. Nestes dias, os compromissos oficiais do dia não foram afetados e seguiram sendo cumpridos normalmente pelo mandatário.
Em 12 agosto, após participar da cerimônia que antecedeu o embarque da missão brasileira de ajuda humanitária ao Líbano, Bolsonaro - que havia testado positivo para a covid-19 em 7 de julho - fez um check-up no Hospital Nova Star em São Paulo.
Recuperado do coronavírus, ele foi avaliado por um cirurgião geral, cardiologista e dois infectologistas. Na ocasião, o hospital divulgou boletim informando que o presidente "passou por avaliação da equipe médica multiprofissional, está assintomático com exames laboratoriais e de imagem normais".
Desde 2018, Bolsonaro passou por quatro cirurgias em decorrência da facada. A primeira foi feita ainda na Santa Casa de Juiz de Fora, logo após ser atingido por Adélio Bispo em ato de campanha em 6 de setembro de 2018.
Depois, o então candidato foi transferido para o Hospital Albert Einstein e passou a ser acompanhado pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo e pelo cardiologista Leandro Echenique. A última cirurgia foi realizada em setembro do ano passado para a retirada de uma hérnia. Bolsonaro ainda realizou no início deste ano uma vasectomia.
Confira, abaixo, as cirurgias de Bolsonaro:
- 6 de setembro de 2018 - Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG)
Operação de urgência após ser atacado por uma facada de Adélio Bispo em ato de campanha
- 12 de setembro de 2018 - Hospital Albert Einstein, em São Paulo
Cirurgia de emergência em razão de uma complicação causada pela aderência das paredes do intestino
- 28 de janeiro de 2019 - Hospital Albert Einstein, São Paulo
Reitrada da bolsa de colostomia
- 8 de setembro de 2019 - Hospital Vila Nova Star, São Paulo
Cirurgia para correção de uma hérnia incisional na região da área atingida pela facada
- 30 de janeiro de 2020 - Hospital das Forças Armadas (HFA), Brasília
Vasectomia. Foi a segunda vez que ele passou pelo procedimento médico de esterilização para homens que não desejam ter mais filhos biológicos.