Bolsonaro recebe deputada alemã, neta de ministro nazista

Von Storch é vice-líder do partido de extrema-direita AfD e conhecida por sua postura xenofóbicas e euroceticismo

26 jul 2021 - 11h13
(atualizado às 11h57)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu na última semana a deputada alemã Beatrix von Storch, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), informou a própria parlamentar em suas redes sociais nesta segunda-feira (26).

Von Storch postou foto de encontro com Bolsonaro em sua conta no Instagram
Von Storch postou foto de encontro com Bolsonaro em sua conta no Instagram
Foto: Reprodução/Instagram / Ansa

Na imagem, Von Storch diz que quer "fortalecer suas conexões com o Brasil" e também "defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional". O marido da política, Sven von Storch, também aparece na imagem.

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Von Storch é uma das principais lideranças do partido ultranacionalista, conhecido por suas posturas xenofóbicas em relações aos migrantes que chegam à União Europeia, pelo euroceticismo e, mais recentemente, por liderar os protestos negacionistas da pandemia de Covid-19 na Alemanha.

Além disso, diversos membros da sigla já foram processados por "simpatizar" com o nazismo. Apesar de ter conquistado grande força nos últimos anos, a sigla vem enfrentando diversas perdas políticas em várias áreas da Alemanha desde 2020.

Outro ponto a se destacar da deputada é que ela é neta de Johann Ludwig Schwerin von Krosigk, que foi ministro das Finanças por mais de 12 anos durante o governo de Adolf Hitler. Era a pasta dele a responsável pelo confiscos dos bens dos judeus enviados para os campos de concentração durante a ditadura do Partido Nazista.

Von Krosigk ainda ficou no governo pós-Hitler, mas foi condenado no Tribunal de Nuremberg a 10 anos de prisão por crimes de guerra em 1949. Ele permaneceu preso por apenas dois anos porque, em 1951, recebeu uma anistia do governo.

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Von Storch havia se encontrado, durante a última semana, com os deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. As postagens nas redes sociais foram seguidas de inúmeras críticas, inclusive, do Museu do Holocausto de Curitiba.

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