A viagem do presidente Jair Bolsonaro para a Rússia, na próxima semana, prevê um almoço com seu homólogo russo, Vladimir Putin, no Kremlin, e uma reunião com empresários de diversas áreas, como energia e fertilizantes agrícolas.
Bolsonaro chegará a Moscou em 15 de fevereiro e um dia depois participará de uma cerimônia de deposição de flores no túmulo do soldado desconhecido e de um almoço com Putin.
Na sequência, a agenda de compromissos inclui um encontro entre Bolsonaro e o presidente da Duma de Estado, a Câmara baixa do parlamento russo, além de executivos.
Segundo o governo brasileiro, a expectativa da viagem é focar na relação comercial entre Brasil e Rússia, tendo em vista que as parcerias entre os dois países ainda não são consideradas ideais, principalmente porque ambos fazem parte do grupo Brics, que também inclui China, Índia e África do Sul.
Em live, Bolsonaro chegou a declarar que encara a viagem como uma oportunidade para a economia brasileira, devido a dimensão do mercado russo.
A visita ocorre no momento em que Putin protagoniza uma crise internacional por ter mobilizado centenas de milhares de tropas para a fronteira com a Ucrânia. Os Estados Unidos alegam que essa movimentação é uma ameaça de invasão russa ao território ucraniano. Moscou, por sua vez, nega.
No entanto, é nesse contexto de tensão global que Bolsonaro encontrará o líder russo. Para o governo brasileiro, a saída para o impasse deve passar pelo diálogo.
A viagem ao leste europeu prevê ainda, no dia 17, uma visita do presidente do Brasil à Hungria, onde deve se reunir com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em Budapeste. O objetivo do encontro é "estreitar os laços de cooperação, amizade e relações bilaterais" entre os dois países, além de "reforçar os ideais de defesa das nações e dos valores cristãos".