O presidente Jair Bolsonaro negou neste sábado a recriação de três ministérios, um dia depois de ter sugerido que isso pudesse ocorrer. "Não está previsto, não é fácil criar ministério, burocracia, um pouco mais de despesas", disse Bolsonaro a jornalistas em Brasília.
Na sexta-feira, em evento fechado à imprensa, mas transmitido nas redes sociais, Bolsonaro elogiou os secretários da Cultura, do Esporte e da Pesca e disse que se tivesse mais conhecimento sobre essas áreas antes, elas seriam ministérios.
"Eu queria que hoje eu tivesse sido eleito presidente, porque algumas coisas a mais eu faria, outras eu não faria. Por exemplo, eu tenho três secretários... que se eu soubesse do potencial de vocês, se eu tivesse mais conhecimento com profundidade da importância, seriam ministério", disse o presidente na sexta-feira.
"Se tiver um clima no Parlamento, pelo o que tudo indica as duas pessoas, né,... que nós temos simpatia devem se eleger, não vamos ter mais uma pauta travada, a gente pode levar muita coisa avante, quem sabe até ressurgir os ministérios, esses ministérios", acrescentou, relacionando a possibilidade à eventual eleição de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o do Senado.
Neste sábado, Bolsonaro enfatizou que "não tem recriação de ministérios".
"Eu elogiei os três secretários", acrescentou, voltando a falar bem dos três auxiliares --Jorge Seif Jr. (Pesca), Marios Frias (Cultura), Marcelo Magalhães (Esportes).
O presidente repetiu o que já tinha dito na quinta-feira que o governo tem hoje um ministro que é interino, Pedro Marques de Souza, na Secretaria-Geral da Presidência. E que o máximo que pode ocorrer é ele não ser efetivado e abrir uma vaga, incluindo a possibilidade de troca de cargos entre ministros.
Questionado sobre Onyx Lorenzoni, hoje ministro da Cidadania, Bolsonaro disse que se refere a ele como um coringa. "Está pronto para ir para qualquer ministério."