O presidente Jair Bolsonaro voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein, nesta quarta-feira (6), após dois dias de caminhada suspensa. Ele permanece internado na unidade semi-intensiva do hospital. "O presidente já caminhou hoje duas vezes e tem pretensão de caminhar uma terceira vez", informou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
"Entre esses movimentos, em alguns momentos ele teve que sentar-se, mas retomou [a caminhada]", disse.
O quadro clínico está estável, sem dor nem febre, com melhora dos exames laboratoriais e de imagem, segundo boletim médico. Continua com sonda nasogástrica, dreno no abdômen para retirada de líquido e antibióticos por via endovenosa, informa ainda o boletim.
"A sonda nasogástrica está em um período de adaptação à ingestão de líquidos, de forma que ela é fechada quando ele ingere esse líquido e se mantém aberta em alguns momentos desse processo", explicou no porta-voz, acrescentando que "pouquíssimo líquido vem sendo extraído, então há uma possibilidade já de nos próximos dias esse dreno ser sacado do abdômen do presidente".
O tratamento com antibióticos começou na noite do último domingo (3) após elevação da temperatura e aumento dos leucócitos, apontado nos exames laboratoriais, o que poderia indicar um processo infeccioso. Segundo o porta-voz, os exames mostraram que houve "melhora significativa" no abdômen.
Não há definição de alta, mas o presidente não deve sair do hospital até o término do tratamento com antibióticos, que tem duração de pelo menos sete dias, conforme informou o porta-voz anteriormente.
Trabalho
Não há previsão de visitas de ministros amanhã (7) nem reuniões por videoconferência, segundo Rêgo Barros. Nesta quarta-feira (6), Bolsonaro conversou por telefone com o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz. Segundo o porta-voz, foram tratados aspectos pessoais e de saúde do presidente.
Hoje completa-se cinco meses que Bolsonaro foi esfaqueado em um ato de campanha, em Juiz de Fora. A facada atingiu o intestino e o então candidato foi submetido a duas cirurgias, uma na Santa Casa de Juiz de Fora e outra no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A terceira cirurgia ocorreu no último dia 28 de janeiro para a retirada da bolsa de colostomia, utilizada por cerca de quatro meses, e a reconstrução do trânsito intestinal. A bolsa funcionava como um intestino externo para possibilitar a recuperação do intestino grosso e delgado.