O presidente Jair Bolsonaro xingou os governadores de São Paulo, João Doria e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Os ataques constam na gravação da reunião ministerial realizada em 22 de abril, no Palácio do Planalto, liberada nesta sexta-feira (22) pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O vídeo foi apontado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal, como uma das principais provas para sustentar sua denúncia.
"O que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fizeram com o vírus, esse b*** desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso.", diz o presidente.
[Eles] "aproveitaram o vírus, tá um b*** de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um b***. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né?", disse Bolsonaro, que também ofendeu o prefeito da capital do Amazonas, Arthur Virgílio Neto.
As ofensas foram feitas no momento em que o presidente confrontava os governadores e prefeitos sobre as medidas restritivas impostas para conter o novo coronavírus. Bolsonaro sempre defendeu o retorno à normalidade e a reabertura das atividades comerciais.