Bolsonaro ataca PT e associa partido de Lula ao 'mal' e a 'tudo que não presta'

Candidato à reeleição fez comício em Londrina, no Paraná, nesta sexta-feira, 16

16 set 2022 - 20h26
(atualizado às 22h50)
O presidente Jair Bolsonaro (PL)
O presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Reuters

A 16 dias do primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou os ataques ao PT. Durante um comício em Londrina, no Paraná, o candidato à reeleição associou nesta sexta-feira, 16, o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao "mal", à "corrupção" e a "tudo que não presta". Desde a semana passada, a campanha do chefe do Executivo tem subido o tom contra o petista na propaganda eleitoral na TV e em publicações nas redes sociais para tentar aumentar a rejeição ao líder nas pesquisas de intenção de voto.  

"Onde está o mal, lá está o PT. Onde tem corrupção, lá estava o PT. Onde está tudo o que não presta, lá está o PT", declarou Bolsonaro a apoiadores. "Aqui não tem 'nós contra eles', não tem divisão de classe, somos um só povo, uma só raça, um só País. Tenho certeza que no próximo dia 2 de outubro a vitória será no primeiro turno", emendou. O presidente também disse que a corrupção "acabou" no Brasil, sem mencionar os escândalos no Ministério da Educação durante seu governo.

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A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 15, mostrou um cenário de estabilidade na disputa presidencial. Lula se manteve com 45% das intenções de voto no primeiro turno, e Bolsonaro oscilou de 34% para 33%. A campanha do candidato à reeleição esperava que a essa altura da corrida eleitoral ele já houvesse ultrapassado ou, pelo menos, empatado com o petista nos levantamentos. O possível efeito positivo para Bolsonaro do aumento do Auxílio Brasil, por exemplo, que era o trunfo da campanha, não se confirmou. Por isso, a aposta agora é nos ataques ao PT.

Mais cedo, em comício na cidade de Prudentópolis (PR), Bolsonaro voltou a definir a eleição para o Palácio do Planalto como uma batalha "do bem contra o mal" e pediu que a população "não fuja da luta". "Temos pela frente uma bifurcação, uma decisão que todos nós devemos tomar. Na luta do bem contra o mal, o bem sempre venceu e vencerá novamente. O povo, nesses momentos difíceis, fez valer sua vontade. E eu peço a todos vocês que decidam, que participem. Nós sabemos que lá na frente todos nós seremos julgados, não só pelas nossas ações, bem como pelas nossas omissões. Que o povo brasileiro não fuja da luta", disse Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, 14, em Natal (RN), Bolsonaro comparou a eleição a uma "encruzilhada" e também atacou Lula. "O Brasil não merece um cara que há pouco saiu da cadeia e quer agora, com seu vice, voltar à cena do crime. Não tem mais espaço para ladrão em nosso País", declarou o candidato à reeleição, em referência ao petista. Na sexta-feira passada, 9, em Araguatins (TO), o chefe do Executivo disse que iria "varrer" o PT para o "lixo da história" se fosse reeleito. A declaração ocorreu no mesmo dia em que um apoiador do chefe do Executivo foi preso por ter matado a facadas um eleitor de Lula após uma discussão sobre política em Confresa (MT).

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