A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) investigam o terceiro registro de vacina falso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inserido no sistema do Ministério Saúde. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
O documento alega que Bolsonaro teria tomado uma vacina da Janssen contra a covid-19 no dia 19 de julho em São Paulo, em uma unidade de saúde do bairro de Peruche. O posto de saúde, no entanto, negou a veracidade do registro e ainda informou que o ex-presidente jamais esteve na unidade para ser vacinado.
Na quarta-feira, 3, a a PF cumrpiu mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Brasília e prendeu também Mauro Cid, um dos principais assessores do ex-presidente e suspeito de fraudar os registros de vacina de Bolsonaro e de sua filha, Laura.
Operação Venire
A operação investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, por meio do sistema do Ministério da Saúde. Intitulada Venire, a ação realizada pela Polícia Federal foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito das 'milícias digitais'.
Ao todo foram presas seis pessoas. Entre elas estão:
• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
• Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;
• Sergio Cordeiro, também segurança de Bolsonaro;
• João Carlos de Souza Brecha, secretário Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).
Também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celular de Bolsonaro, mas o de Michelle Bolsonaro teria sido poupado.
A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:
• Jair Bolsonaro;
• Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente;
• Mauro Cid, da esposa e filha, cujos nomes não foram divulgados.
A operação foi deflagrada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos teriam sido inseridos nos sistemas SI-PNI e RNDS, do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. O objetivo era burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. Bolsonaro foi para os país norteamericano no final de seu mandato, juntamente com os dois seguranças presos.