O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta sexta-feira, 30, que é uma "injustiça" o ex-presidente Jair Bolsonaro ficar inelegível por oito anos e prometeu 'trabalhar dobrado' e 'mostrar lealdade' ao ex-chefe do Executivo.
"Não tem como acreditar no que está acontecendo: a primeira vez na história da humanidade que um ex-presidente perde os direitos políticos por falar. Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao Presidente Bolsonaro", escreveu em seu perfil do Twitter.
Valdemar Costa Neto ainda afirmou que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fará os eleitores agirem e que o resultado será visto nas eleições de 2024 e 2026.
"Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação. E o resultado disso será registrado nas eleições de 2024 e 2026. Mais do que nunca, o Brasil precisa de força. É hora de superação. Bolsonaro é o maior líder popular desde a redemocratização e vai continuar sendo", acrescentou.
Não tem como acreditar no que está acontecendo: a primeira vez na história da humanidade que um ex-presidente perde os direitos políticos por falar.
Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao Presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de…
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) June 30, 2023
Bolsonaro inelegível
Em julgamento nesta sexta-feira, o TSE entendeu que o ex-presidente Jair Bolsonaro cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação devido à sua participação em uma reunião com embaixadores estrangeiros, na qual fez alegações infundadas contra o sistema eleitoral, tornando-o inelegível por oito anos. O placar encerrou em 5 a 2.
Com o entendimento da Corte, o ex-presidente não poderá participar das três próximas eleições: em 2024, em 2026 e em 2028.
A sessão desta sexta-feira foi reiniciada com a manifestação da ministra Cármen Lúcia, que antecipou seu voto favorável à condenação de Bolsonaro. Na sequência, falou o ministro Nunes Marques, que votou a favor de Bolsonaro, e, por fim, Alexandre de Moraes, presidente da Corte, que acompanhou o relator Benedito Gonçalves - favorável à inelegibilidade.
Em outras sessões, já haviam votado Floriano de Azevedo Marques e André Tavares, favoráveis à condenação, e Raul Araújo, que assim como Nunes Marques, também divergiu e considerou improcedente o pedido contra o ex-presidente. Essa foi a quarta e última sessão dedicada à análise do caso.