Em tom de campanha eleitoral e de despedida do governo do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse nesta quarta-feira que promoveu uma revolução nos transportes em parceria com a presidente Dilma Rousseff e o governo federal.
O governador fez um balanço dos seus dois mandatos ao citar obras de mobilidade urbana que, segundo ele, só se tornaram possíveis com o apoio do governo federal e da presidente, que assim como ele é candidata nas eleições deste ano. Cabral deve disputar uma vaga no Senado.
O aceno mostra o apoio de Cabral e de seu vice, Luiz Fernando Pezão, que vai concorrer ao governo do Estado, à reeleição de Dilma.
As relações entre o PMDB e o PT de Dilma no Estado ficaram estremecidas no início do ano quando se definiu a pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao governo estadual. O PT entregou os cargos que ocupava na administração de Cabral.
Obras como expansão do metrô, construção de BRTs, VLTs e outros modais foram citadas pelo governador, que lembrou que muitas contam com recursos do governo federal.
"Desde o começo, a senhora (presidente Dilma) tem ajudado o Rio de Janeiro em ações estruturantes", disse Cabral, que participou ao lado de Dilma da cerimônia de assinatura do contrato de concessão à iniciativa privada do Aeroporto do Galeão, na capital fluminense.
Cabral também agradeceu a "solidariedade" da presidente na segurança pública do Rio, com a autorização do envio das Forças Armadas ao Estado.
"Obrigada pelo apoio das Forças Armadas ao Complexo da Maré", disse Cabral, que deixará o cargo na quinta-feira.
No fim de semana, de acordo com o governador, as Forças Armadas vão assumir a segurança do conjunto de favelas da Maré, na zona norte, que está ocupado desde o fim de semana passada pela Polícia Militar do Estado.
(Por Rodrigo Viga Gaier)