O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), sancionou na última quinta-feira, 21, a Lei nº23.090/2024, que concedeu o título de cidadão goiano ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O projeto, de autoria dos deputados Dr. George Morais (PDT), Bruno Peixoto (União) e Talles Barreto (União), teve maioria de votos na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Apenas um dos 41 deputados estaduais votou contra a proposta.
A justificativa dos deputados para a proposta se vale "pela sua vasta atuação política, agiu sempre em prol do país". O projeto foi apresentado enquanto Dino ainda era ministro da Justiça, cargo que deixou em 1º de fevereiro deste ano. No dia 20, deixou o Senado, um dia antes de tomar posse no STF.
O ex-governador do Maranhão indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a cadeira deixada por Rosa Weber na Corte.
O governador goiano e o agora ministro da Suprema Corte estão em campos opostos politicamente. Enquanto Caiado é de direita, Dino esteve no espectro oposto, tendo sido filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) durante 15 anos, sendo eleito governador pela legenda. Em 2021, passou a integrar o Partido Socialista do Brasil (PSB), sigla pela qual se tornou senador.
Apesar da divergência, Caiado esteve presente na ceriônia de posse do ex-ministro no STF. Na ocasião, afirmou que era preciso "entender que na democracia e na vida pública e política, cada um tem as suas posições ideológicas e nem por isso precisam ter uma ruptura do ponto de vista de convivência, de diálogo".