Câmara de SP propõe que servidores furem fila da vacina

Motoristas de ônibus, pessoal de atendimento, assistentes sociais, funcionários da limpeza urbana e professores seriam contemplados

25 mar 2021 - 13h02
(atualizado às 14h45)

Vereadores de São Paulo articulam a aprovação relâmpago de um projeto de lei que autoriza um grupo de até 300 mil pessoas a passar na frente na fila de vacinação na cidade e sejam imunizadas antes da população em geral. A autorização valeria para as cerca de 5 milhões de doses que a Prefeitura negocia com laboratórios privados.

Câmara de SP propõe que servidores furem fila da vacina
Câmara de SP propõe que servidores furem fila da vacina
Foto: Tiago Queiroz / Estadão Conteúdo

A ideia é que motoristas e cobradores de ônibus, pessoal de atendimento das subprefeituras, assistentes sociais, funcionários da limpeza urbana e professores e auxiliares de escolas e creches de todas as faixas etárias recebam o imunizante. Há pressão para que taxistas, feirantes e motoristas de aplicativo também entrem na lista prioritária.

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As discussões tomaram corpo no começo da semana, e prosseguiram mesmo após o governo anunciar que profissionais da educação, a partir de 47 anos, e da segurança pública serão vacinados a partir de abril.

Ligado a empresas de ônibus, o presidente do Legislativo paulistano, Milton Leite (DEM), vem prometendo aos motoristas empenho para vaciná-los. "Acho que poderíamos abrir para aqueles setores que tenham contato direto com a população", disse ele, ao citar também profissionais de educação e assistência social.

PSOL e PT, que têm ligação com os sindicatos de professores e assistentes sociais, defendem a proposta. "Não estamos querendo colocar privilégios. Estamos falando da manutenção de políticas públicas", afirmou a vereadora Luana Alves (PSOL), ao destacar serviços sociais deixaram de ser oferecidos por falta de pessoal.

A redação final do texto deve ser apresentada hoje pelo líder do governo, Fabio Riva (PSDB). Ele disse que o texto será "autorizativo" - libera a Prefeitura a vacinar essas categorias, mas não a obriga a agir desta forma. 

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