Câmara vai apurar 'fatos e verdades' sobre Vargas, diz Alves

Vice-presidente da Câmara pediu licença do mandato após denúncias de envolvimento com doleiro preso

7 abr 2014 - 18h43
(atualizado às 19h09)

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta segunda-feira que a Casa vai apurar “os fatos e as verdades” envolvendo o deputado André Vargas (PT-PR), suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal. Partidos de oposição protocolaram, mais cedo, representação no Conselho de Ética contra o parlamentar, enquanto o Psol pediu investigação do parlamentar pela Corregedoria da Casa.

“Vamos fazer o que deve ser feito sem qualquer preocupação política, partidária. Cumprir o nosso dever”, disse Alves, ao chegar à Câmara dos Deputados, sobre o andamento das representações na Câmara. Ele evitou avaliar o pedido de licença de 60 dias feito por Vargas, que é vice-presidente da Casa. “Não me cabe avaliar isso. É uma decisão que ele tomou, cabe apenas respeitar. E vamos apurar os fatos e as verdades e que prevaleça a verdade, que o povo brasileiro quer conhecer”, afirmou.

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Na semana passada, o petista admitiu, na tribuna da Câmara, ter sido imprudente ao usar um avião fretado pelo doleiro, preso pela Polícia Federal em uma operação contra lavagem de dinheiro. O fretamento do avião foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso a investigações da PF envolvendo Youssef.

Segundo o jornal, a viagem de Londrina (PR) a João Pessoa (PB) foi discutida em uma conversa entre os dois por um serviço de mensagem de texto. Inicialmente, o parlamentar afirmou que havia pagado o combustível, mas depois disse que o doleiro bancou a viagem. Em sua defesa, Vargas disse que conhece Youssef há 20 anos como um empresário importante de sua cidade e que desconhecia as investigações. No fim de semana, novos diálogos entre Vargas e Youssef foram revelados, indicando tratativas entre os dois sobre um contrato de um laboratório com o Ministério da Saúde.

Em nota, Alves disse ter pedido licença para se defender de um “massacre midiático” a que foi submetido fruto de “vazamentos ilegais” de investigações. Ele ficará sem receber salário e benefícios durante o período em que ficará fora da Câmara.

Fonte: Terra
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