Campos minimiza pouco crescimento nas pesquisas eleitorais

Marina Silva, candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos, recebeu 20 milhões de votos na eleição de 2010

11 ago 2014 - 13h20
(atualizado às 13h48)
<p>Em sabatina, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, não poupou críticas à atual condução econômica e afirmou que é necessário haver rigor com as contas públicas</p>
Em sabatina, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, não poupou críticas à atual condução econômica e afirmou que é necessário haver rigor com as contas públicas
Foto: Nacho Doce / Reuters

O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, minimizou nesta segunda-feira o fato de ainda não ter conseguido atrair parte dos votos que a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa, obteve nas últimas eleições.

Campos disse que "não existe essa coisa de transferência de voto", ao ser questionado se havia uma "frustração" com o seu patamar de preferência do eleitorado.

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"Você não tem um voto dentro de uma caixa e leva como se fosse uma mudança, que você arruma a roupa dentro de uma mala e leva. Não é assim", disse o candidato em sabatina organizada pelo site de notícias G1.

Campos ocupa o terceiro lugar nas pesquisas eleitorais recentes, oscilando em torno dos 10% das intenções de voto.

Este é o mesmo patamar ocupado por Marina na mesma época na última corrida presidencial, mas na reta final da campanha de 2010, no entanto, a ex-senadora deu uma arrancada e recebeu quase 20 milhões de votos.

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Ao ter fracassado em sua tentativa de criar um partido político para concorrer às eleições deste ano, Marina aliou-se a Campos e ao PSB, sob a expectativa de que pudesse transferir parte dos votos obtidos em 2010 para o socialista.

Durante a entrevista desta segunda, o candidato do PSB afirmou que, se eleito, reduzirá o número de ministérios pela metade, proposta semelhante à do segundo colocado nas pesquisas da corrida ao Planalto, o tucano Aécio Neves.

No caso da Petrobras, estatal que é alvo de duas CPIs no Congresso Nacional, Campos disse que pretende levar regras "claras" para a empresa e uma "direção profissionalizada".

"A primeira medida será blindar a Petrobras da interferência política", disse.

O candidato aproveitou para negar, após ser questionado por internauta durante a sabatina, que tenha "mudado de lado", uma vez que até setembro do ano passado o seu partido integrava a base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff.

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Tanto o candidato como sua vice, aliás, foram ministros na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Economia

No âmbito econômico, Campos voltou a defender que haja maior independência do Banco Central e disse que seu governo respeitará o tripé macroeconômico - câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário.

Ele não poupou críticas à atual condução econômica e afirmou que é necessário haver rigor com as contas públicas.

"Na hora que tivermos um Banco Central independente, um conselho de responsabilidade fiscal do País para garantir o equilíbrio fiscal, o esforço fiscal para trazer a inflação para o centro da meta, os juros vão entrar, por articulação dessas políticas, numa descendente e o câmbio vai para o lugar certo", afirmou.

Campos voltou a prometer que fará, se eleito, uma reforma tributária que não onere a produção nem a criação de empregos formais, posicionando-se ainda a favor da taxação de grandes fortunas no País. Tal reforma seria feita, explicou o candidato, de maneira fatiada e aliada a um fundo de transição para evitar impactos às contas da União, de Estados e municípios.

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O socialista afirmou ainda que sua equipe estuda uma medida para o fator previdenciário, mecanismo usado no cálculo das aposentadorias dos trabalhadores.

"É preciso um olhar para rever o fator previdenciário, sim", disse Campos, acrescentando que até o final da campanha apresentará detalhes sobre as medidas que pretende tomar sobre o assunto.

Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos

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