O governador de Pernambuco e provável candidato do PSB à Presidencia em 2014, Eduardo Campos, negou nesta segunda-feira qualquer mal estar devido à participação da presidente Dilma Rousseff em eventos no Estado nesta terça-feira.
Questionado pelos jornalistas durante entrevista após a inauguração de uma fábrica da multinacional BRF em Vitória de Santo Antão, a 50 quilometros da capital Recife, Campos afirmou que não prevê tensão.
"Será uma relação como sempre foi: cordial, fraterna e institucional. Ela vai ser recebida aqui como sempre recebemos: com muita atenção, com o respeito que sempre tivemos não só pela pessoa da presidenta em quem votamos, como também por ela ser a presidenta da República de todos os brasileiros, como é próprio da nossa tradição", assegurou o governador.
Nesta terca-feira, Dilma irá a Pernambuco para, pelo menos, dois eventos, que são visitas à refinaria de Abreu e Lima e ao estaleiro Promar no complexo portuário e industrial de Suape, na região metropolitana, onde deve participar de outros atos administrativos, segundo Campos.
"É natural quando a presidente vem que possamos conversar um pouco", acenou Campos ao ser perguntado se teria um encontro privado com Dilma. No entanto, ele disse que a agenda da presidente ainda estava sendo fechada, e os horários, definidos.
Entre os anúncios esperados com a visita da presidente está a licitação do Arco Metropolitano, uma rodovia alternativa entre o polo automotivo no norte do Estado e o litoral sul, passando por fora de Recife e desafogando o tráfego da BR-101, que corta a cidade. "Ela vai ligar o complexo automotivo do norte, onde tambem há indústrias de vidros e farmacoquímica, a Suape, onde estão outras 130 empresas", explicou o governador.
Nesta noite, Campos participou também de um ato de lideranças do PSB e do PPS, no primeiro encontro entre as duas legendas após o PPS aprovar apoio ao governador pernambucano e Marina Silva.