O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, prometeu nesta terça-feira que, se eleito, vai atualizar a tabela do imposto de renda, promover uma reforma tributária e conceder benefícios sociais como o passe livre para estudantes no transporte público sem ter que aumentar impostos.
Ao mesmo tempo que fez essas promessas, o candidato disse que o governo federal precisa consertar as contas públicas depois de anos de excessos. Ele reiterou que, caso vença as eleições de outubro, pretende enviar ao Congresso logo na primeira semana de governo uma proposta de reforma tributária.
“Uma decisão precisa ser tomada no Brasil: não aumentar impostos. Todos os governos aumentaram os impostos e, na medida que se toma a decisão de não aumentar, aí sai a reforma tributária”, disse a jornalistas no Rio de Janeiro, ao reforçar que o país precisa simplificar e distribuir melhor seus impostos para melhorar os serviços públicos.
Apesar de rejeitar a elevação de tributos num eventual governo seu, Campos defendeu uma taxação específica para as pessoas de maior renda, um dia depois de o candidato do PSDB, Aécio Neves, dizer que discutirá com sua equipe econômica a taxação das grandes fortunas.
“Precisamos aumentar tributo e fazer uma reforma para que os que podem mais, paguem mais que os que podem menos”, destacou o candidato, atualmente no terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
As promessas do candidato foram feitas durante um encontro com representantes dos fiscos municipal, estadual e federal. Na reunião, ele recebeu uma série de sugestões para a área fiscal, inclusive para a tabela do imposto de renda.
Segundo Campos, a atualização da tabela do IR faz parte da discussão sobre a reforma tributária no país. “A tabela do imposto tem defasagem de 60% acumulada desde o governo do PSDB até agora. Precisamos sim fazer justiça e reajustar a tabela para não ter a realidade de hoje, com famílias que ganham R$ 1,8 mil pagando IR”, declarou o candidato do PSB.
Ele garantiu que é possível conciliar medidas como a atualização da tabela do IR, concessão de passe livre e outros benefícios sem ter que aumentar tributos para a população.
“Estamos falando de um governo de quatro anos e vamos ter tempo para fazer reforma, equilibrar contas públicas, para crescer o país, ter o passe livre, o ensino em tempo integral... é um processo e sempre cumpro promessas”, afirmou.
Eduardo Campos voltou a criticar a política energética da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição e líder nas pesquisas, e acusou o governo federal de estar "engavetando” os reajustes nos preços da gasolina e da energia para autorizá-los depois das eleições.
“Chega a ser deprimente essa pratica política ser feita nos dias de hoje”, frisou.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos
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