Senadores elegem neste domingo seu presidente para os próximos dois anos com dois candidatos do PMDB na disputa: Renan Calheiros (PMDB-AL) e Luiz Henrique (PMDB-SC). Atual presidente da Casa, o alagoano foi indicado oficialmente pela bancada do partido e conta também com o apoio do governo.
Pela tradição do Senado, o PMDB pode indicar o presidente do Senado por ter a maior bancada. Dos 19 senadores, 15 aprovaram o nome de Renan Calheiros. A manifestação não impediu a candidatura “avulsa” de Luiz Henrique.
“É preciso respeitar a proporcionalidade, aceitar as indicações dos partidos. O Congresso não caminha por projetos pessoais, candidaturas avulsas”, criticou Renan Calheiros.
O oponente de Renan ganhou apoio de seis partidos e disse que espera ter 45 votos, o suficiente para levar a disputa. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que acredita em um apoio integral de sua bancada, que conta com 10 senadores.
A eleição para presidente do Senado tem previsão para iniciar às 15h e precisa da presença de pelo menos 41 senadores. A votação é secreta e é exigida a maioria simples de votos.
Candidatos
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Nascido em Murici (AL), Renan Calheiros é advogado e cumpre seu terceiro mandato no Senado. É presidente do Senado desde 2013 e já ocupou o cargo entre 2005 e 2007, quando deixou o cargo após uma série de denúncias. É conhecido pela habilidade política, por resistir a pressões e pelo domínio do regimento interno do Senado. Em dezembro, comandou a sessão do Congresso que se arrastou durante 18 horas e aprovou a mudança da meta fiscal defendida pelo governo.
Luiz Henrique (PMDB-SC)
Nascido em Blumenau (SC), Luiz Henrique é advogado, foi governador de Santa Catarina duas vezes, deputado federal e prefeito da cidade de Joinville. É senador desde 2011. O senador tem como projeto, se eleito, para aprovar uma reforma política até meados de junho deste ano. O congressista também pretende mudar o regimento interno do Senado, que considera antiquado.
O que faz o presidente do Senado?
O presidente do Senado acumula a presidência do Congresso Nacional, que compreende as duas Casas Legislativas (Câmara e Senado). É ele quem fala pelo Poder Legislativo e preside sessões conjuntas. Está na linha sucessória para assumir o Palácio do Planalto em caso de ausência da presidente da República, do vice e do presidente da Câmara dos Deputados.
No Senado, tem poder sobre a pauta da Casa, sobre o ritmo dos trabalhos no plenário e pode dar voto de desempate.