Candidatura de Pablo Marçal pode ser suspensa? Entenda pedido do MP Eleitoral

Segundo denúncia citada pelo Ministério Público Eleitoral, o candidato do PRTB impulsionou conteúdo em suas redes durante a pré-campanha, o que é proibido pela lei; empresário nega financiamento de perfis

20 ago 2024 - 12h17
(atualizado às 13h21)
Pablo Marçal repetiu Fernando Collor ao deixar o adversário sem perguntas no debate à Prefeitura de São Paulo
Pablo Marçal repetiu Fernando Collor ao deixar o adversário sem perguntas no debate à Prefeitura de São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

A campanha à Prefeitura de São Paulo do empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi alvo de um pedido de suspensão neste sábado, 17. O Ministério Público Eleitoral (MPE) pede a suspensão da candidatura até que se apure se houve abuso de poder econômico durante o período de pré-campanha, que se encerrou na última sexta-feira, dia 16.

Em caso de condenação, além de sair da disputa pela Prefeitura da capital paulista, Pablo Marçal pode ficar inelegível por oito anos.

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Impulsionamento com 'promessas de pagamentos'

O pedido do MPE é assinado pelo procurador Fabiano Augusto Petean. No ofício, o Ministério Público sustenta que, conforme denúncia do jornal O Globo, Pablo Marçal foi implicado por suposto impulsionamento de conteúdo nas redes sociais, uma prática proibida pela legislação eleitoral.

Para driblar a vedação ao impulsionamento pago, diz o procurador, Marçal passou a estimular o compartilhamento do conteúdo de seus perfis mediante "promessas de pagamentos" aos seguidores.

"De acordo com o material e com a documentação anexa, temos que o estímulo das redes sociais para replicar sua propaganda eleitoral é financiado, mediante a promessa de pagamentos aos 'cabos eleitorais' e 'simpatizantes' para que as ideias sejam disseminadas no sentido de apoio eleitoral à sua candidatura", diz no ofício o procurador Fabiano Petean. "Estimula o pretenso 'cabo eleitoral' ou eleitor para que, de vontade própria, façam sua própria postagem ou propaganda".

A prática, segundo o MPE, configura um impulsionamento de conteúdo indireto e impossibilita a fiscalização dos gastos. De acordo com a legislação eleitoral, os gastos durante a chamada "pré-campanha" não podem ser excessivos.

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Até que essa denúncia seja apurada e julgada, o MPE recomendou a suspensão da candidatura do ex-coach. O caso tramita na 1ª Zona Eleitoral da capital paulista. Em nota, Marçal negou irregularidades e afirmou ser alvo de uma ação "desesperada" de um "bloco de esquerda".

"Não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha, nem na campanha. Isso é só uma tentativa desesperada do bloco da esquerda, MDB, PSB, PT e PSOL, de tentar frear quem realmente vai vencer as eleições. Essa manobra só reforça o medo que estão do efeito Marçal, mas eles não vão nos parar", disse.

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