O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou nesta quinta-feira que o governo tenha pressionado pela inclusão ou exclusão de políticos na lista de pedidos de abertura de inquérito apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito das investigações da operação Lava Jato.
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Ele também recriminou os vazamentos de nomes para a imprensa antes que o relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki, autorize a retirada do sigilo sobre as investigações, o que deve ocorrer na sexta-feira, segundo disse à Reuters uma fonte do STF.
Segundo Cardozo, o governo não agiu para "incluir ou retirar nomes da lista apresentada pelo senhor procurador-geral da República (Rodrigo Janot) no bojo das investigações da operação Lava Jato".
"Quero dizer que é inaceitável esse tipo de afirmação", afirmou o ministro a jornalistas nesta quinta, no Ministério da Justiça. "O governo conhece muito claramente o campo das suas atribuições", acrescentou.
"Se no passado governos agiam dessa maneira, fazendo pressões ou utilizavam expedientes que fugiam à legalidade para afastar investigados ou para incluir, não nos meçam por réguas antigas", disse.
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"Me refiro à fala de parlamentares oposicionistas", afirmou, dizendo que não citaria nomes.
A entrevista do ministro da Justiça foi convocada depois de o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ter dito na véspera ao jornal O Estado de S. Paulo que tinham sido "infrutíferas as tentativas de setores do governo de envolver a oposição na investigação". O tucano não esclareceu quais setores do governo teriam atuado dessa forma.
O ministro da Justiça também condenou o vazamento de nomes que estariam na lista apresentada por Janot ao Supremo.
Segundo ele, os vazamentos representam uma "clara violação de regras que existem e devem ser respeitadas".
"Eu acho muito ruim que se vaze, nesse momento porque estamos no início do processo", disse, argumentando que os políticos que foram mencionados nas delações premiadas ainda serão alvo de investigação, caso o Supremo considere que os pedidos da PGR têm fundamento.
Na terça-feira, o procurador-geral apresentou 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 pessoas, com ou sem mandato parlamentar, suspeitas de envolvimento num esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
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A divulgação da lista de políticos envolvidos nas investigações tem gerado expectativa e um clima de tensão no Congresso.
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Foto tirada da sede da Petrobras em 2010, no Rio de Janeiro. A empresa está no centro de um escândalo de corrupção investigado desde 2014
Foto: Bruno Domingos
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"Lava Jato" refere-se ao uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas
Foto: Polícia Federal
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O presidente da empreiteira OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, preso ao ser deflagrada a Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF)
Foto: Marcos Bezerra
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O doleiro Alberto Youssef e os Executivos da Empresa OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira, Agenor Franco Magalhães e Mateus Coutinho de Sá Oliveirapreso da Operação Lava Jato que está detido na sede da Policia Federal em Curitiba, PR, sai para depor na sede da Justiça Federal
Foto: Vagner Rosario
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Após prestar depoimento, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo
Foto: Renato Ribeiro Silva
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Venina Velosa deu seu depoimento à Justiça nesta sexta-feira para operação Lava Jato
Foto: Twitter
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O procurador da República, Carlos Fernando dos Santos Lima (à esq.), os delegado Igor de Paula e Marcio Anselmo e o superintendente regional da PF Rosalvo Franco durante coletiva de imprensa na sede da PF, em Curitiba, sobre a nona fase da Operação Lava Jato
Foto: Vagner Rosario
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Depoimentos ocorreram nesta segunda-feira, em Curitiba (PR)
Foto: Roger Pereira
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O procurador Rodrigo Janot concede coletiva a imprensa no Hotel Mabu, em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (11), sobre os indiciados na Operação Lava Jato. São em torno de 20 nomes que serão apresentados pelo MPF ao Juiz Sergio Moro
Foto: Vagner Rosario
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Lava Jato: foragido, Adarico Negromonte se entrega a PF
Foto: Roger Pereira
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Não há provas de que o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Consenza, tenha envolvimento com o esquema de pagamento de propina na Petrobras
Foto: Wilson Dias
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Juiz Federal do Paraná, Sérgio Moro, investiga o caso
Foto: Divulgação
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O deputado federal, André Vargas, teve mandato cassado por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro
Foto: Gustavo Lima
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Apontado como um dos chefes da quadrilha, o dono de um dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à Torre de TV - onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio - foi preso
Foto: Polícia Federal
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O grupo investigado seria responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos
Foto: Polícia Federal
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João Gualberto Pereira Neto se apresenta voluntariamente na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) - ele veio dos Estados Unidos para Curitiba, para depor sobre o esquema de corrupção de licitação e obras da Petrobras, descoberto na Operação Lava Jato da Polícia Federal
Foto: Vagner Rosario
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O prestador de serviço da Engevix, Milton Pascowitch saindo da sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP), após prestar depoimento na nona fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (05).
Foto: Vagner Rosario
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