Carla Zambelli reclama de julgamento sobre cassação 'em plena sexta-feira 13'

Julgamento na Justiça Eleitoral paulista foi suspenso após pedido de vistas; cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral

14 dez 2024 - 14h20
(atualizado às 14h44)

Após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) formar maioria pela cassação e inelegibilidade de Carla Zambelli, a deputada federal pelo PL reagiu ao julgamento. Na nota de defesa, o gabinete da parlamentar diz que Zambelli "chama atenção para algo muito grave": a apreciação do seu caso em uma sexta-feira, 13. "É interessante a coincidência desse julgamento ocorrer em uma plena sexta-feira 13, data é conhecida pela perseguição aos cristão templários ordenada pelo rei francês Filipe IV", escreveu.

A declaração foi feita em nota enviada ao Estadão. No texto, a parlamentar também afirmou que "a justiça de Deus está agindo" e que "nada mudou" com o julgamento no TRE. "Por enquanto, a maioria está formada no sentido da minha cassação. Mas isso ainda pode ser revertido com o pedido de vista que foi feito. Sigamos em frente, sempre com muita fé", disse.

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A deputada Carla Zambelli em frente à sede da Polícia Federal em Brasília
A deputada Carla Zambelli em frente à sede da Polícia Federal em Brasília
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Nesta sexta-feira, 13, o TRE-SP julgou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) proposta pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) contra Zambelli. No julgamento, o relator do caso, desembargador José Antonio Encinas Manfré, votou pela cassação do diploma e pela inelegibilidade da parlamentar do PL.

Segundo o relator, Zambelli publicou conteúdos que buscavam desacreditar o sistema eleitoral e disseminar informações falsas. O voto do relator foi acompanhado pelos juízes Silmar Fernandes, presidente do TRE-SP, Cotrim Guimarães e Claudio Langroiva. Com isso, a Corte Eleitoral paulista formou maioria para cassar a deputada, já que quatro dos sete juízes que compõem o colegiado se manifestaram favoravelmente à cassação.

Porém, o julgamento foi suspenso após um pedido de vistas da juíza Maria Cláudia Bedotti. Ainda restam os votos dos juízes Régis de Castilho e Rogério Cury. Além disso, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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