O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira publica a nomeação do advogado Carlos Mário da Silva Velloso Filho para compor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no cargo de juiz substituto, na vaga que era de Sérgio Banhos, que passou a ocupar uma cadeira de titular no tribunal.
A nomeação de Velloso Filho foi antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo e representa mais um revés imposto pelo Palácio do Planalto à presidente da Corte Eleitoral, ministra Rosa Weber. Esta foi a segunda vez que Rosa tentou emplacar o nome de uma mulher no tribunal. Em abril, ela havia articulado a indicação da ex-advogada-geral da União Grace Mendonça para uma vaga, mas Bolsonaro optou por efetivar o então ministro substituto Sérgio Banhos.
Agora, o nome preterido foi o da advogada Daniela Teixeira, que, a exemplo de Grace, encabeçava a lista tríplice enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a Bolsonaro.
Velloso Filho, que é filho do ex-presidente do Supremo Carlos Velloso, ficou em terceiro lugar, com o voto de oito ministros do STF, atrás de Daniela, que teve dez votos, e de Marçal Justen Filho, que obteve nove votos. Embora a lista seja para uma vaga no TSE, cabe ao Supremo votá-la e enviá-la ao presidente.
Conforme antecipou também o Estado, mesmo com menos votos, Velloso Filho era considerado o favorito para a vaga. Isso porque a indicação de Daniela foi cercada de controvérsia. A advogada já defendeu publicamente a condenação de Bolsonaro no caso em que ele é réu por incitação ao crime de estupro.