Cármen Lúcia rebate fala de Marçal e critica rede social X: 'Brasil não é quintal de ninguém'

Ministra defendeu o bloqueio imposto à rede social, explicando que a medida foi necessária para garantir o cumprimento da lei brasileira

1 out 2024 - 16h36
Cármen Lúcia
Cármen Lúcia
Foto: André Dusek/Estadão / Estadão

Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se posicionou nesta segunda-feira, 30, sobre as declarações de Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, que afirmou que "mulher não vota em mulher".

Durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, a magistrada reforçou a importância da presença feminina na política, destacando isso como um avanço civilizatório. Suas observações vieram em contraposição à declaração de Marçal, feita no debate entre candidatos organizado pela Folha de S.Paulo e o UOL, também nesta segunda.

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"Inteligente é uma pessoa que acha que mulheres e homens são iguais em direitos e que tem o direito de participar numa sociedade em que 52% da população brasileira e 52% do eleitorado é de mulheres. Afirmar que uma mulher não vota em mulher realmente seria além de qualquer dado fático", destacou a ministra.

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Cármen Lúcia também aproveitou a oportunidade para criticar a postura da plataforma X (antigo Twitter), de propriedade do empresário Elon Musk, no Brasil. Ela defendeu o bloqueio imposto à rede social, explicando que a medida foi necessária para garantir o cumprimento da lei brasileira.

"Num Estado soberano, todos nós, cidadãos, e todos aqueles que atuam aqui, empresas, plataformas, que não deixam de ser empresas, têm que cumprir sim a lei do país. É assim em todo lugar, o Brasil não é menor, o Brasil não é quintal de ninguém, o Brasil é um Estado soberano que precisa ter o seu direito respeitado para se dar o respeito, e nós fizemos isso", argumentou.

A ministra ainda questionou a atitude da empresa em não respeitar as leis brasileiras: "Por que uma empresa acha que pode tratar o Brasil como se o Brasil fosse algo que pudesse ser absolutamente desdenhado?", disse.

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Fonte: Redação Terra
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