Após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofrer uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada que resultou em um ferimento na parte de trás da cabeça, teorias conspiratórias começaram a circular na internet. Entre elas, uma sugeria que o presidente não havia caído de um banco, e sim encenado o acidente para evitar uma viagem a Moscou. Segundo essa teoria, ele teria avaliado que politicamente não seria interessante participar de uma reunião dos Brics com forte posicionamento anti-Ocidente.
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O médico de Lula, Roberto Kalil, expressou sua indignação ao jornal O Globo sobre essas alegações. "Nem eu, nem o presidente, nem o corpo médico que o assistiu no sábado e nem o Sírio-Libanês participaram de uma farsa. Isso causa indignação. Tenho mais de 30 anos de experiência, junto com transparência. É inaceitável que suspeitas deste tipo ganhem espaço", afirmou.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o acidente aconteceu no último sábado, 19, enquanto Lula cortava a unha do pé. A queda resultou em três pontos na nuca e uma pequena hemorragia cerebral, o que levou ao cancelamento da viagem oficial à Rússia para a Cúpula dos Brics.
Após o ocorrido, Lula foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde recebeu tratamento para o ferimento corto-contuso na região occipital, que é uma lesão com corte e contusão na parte posterior da cabeça. Desde segunda-feira, 21, o presidente tem realizado reuniões com auxiliares no Alvorada, onde continua em recuperação.
A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, informou nesta quarta-feira, 23, que Lula deve voltar a despachar no Palácio do Planalto na próxima segunda-feira, 28, após o segundo turno das eleições municipais. Janja também afirmou que a ida de Lula a São Paulo para acompanhar a reta final da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) ainda está indefinida, aguardando os resultados de novos exames, previstos para esta sexta-feira, 25.