Celular de Bolsonaro foi apreendido em operação da PF

A apreensão foi feita durante a Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19

3 mai 2023 - 08h14
(atualizado às 10h10)
Jair Bolsonaro e Michelle vão viajar pelo País a partir do segundo semestre.
Jair Bolsonaro e Michelle vão viajar pelo País a partir do segundo semestre.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi apreendido na manhã desta quarta-feira, 3, pela Polícia Federal (PF). A apreensão foi feita durante a Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19.

Em primeiro momento, houve a divulgação que o celular de Michelle Bolsonaro também tinha sido apreendido. Porém, a ex-primeira-dama desmentiu a informação em publicação no Instagram. "Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa. Não sabemos o motivo, e nem o nosso advogado teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido", escreveu.

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Segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, até o momento, Bolsonaro não forneceu a senha de seu celular. O celular faze parte da lista de itens que estão sendo apreendidos. Equipe de investigação esteve na casa do ex-presidente para busca e apreensão.

Polícia Federal faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid
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Nesta quarta, a PF também prendeu o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outros dois seguranças. Segundo a corporação, serão cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas. 

Os dados falsos inseridos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. Ainda conforme a Polícia, as informações tratam da condição de imunização contra a covid-19, e essas pessoas puderam emitir os cartões de vacinação para utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. 

A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19. As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.

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Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Fonte: Redação Terra
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