Chanceler Figueiredo visita a Espanha, que vê Brasil como parceiro primordial

17 mar 2014 - 11h47

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, iniciou nesta segunda-feira uma visita de trabalho a Madri na qual se reuniu com o presidente do governo, Mariano Rajoy, para estreitar os laços políticos e econômicos com um país que para a Espanha é "parceiro primordial" na América Latina.

Fontes diplomáticas espanholas informaram hoje que, após a reunião de hoje com Rajoy, Figueiredo será recebido amanhã pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, em um encontro para falar das relações políticas, assim como de temas comerciais e de investimentos.

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Os ministros abordarão diferentes temas regionais - como as perspectivas das cúpulas ibero-americanas - assim como assuntos relacionados à União Europeia - entre eles as negociações com o Mercosul - e o Oriente Médio.

Estreitar a parceria em educação, cultura, defesa, ciência, energia, tecnologia, inovação e cooperação para o desenvolvimento são outros objetivos da viagem do chanceler brasileiro.

Em matéria de educação, explicaram as fontes, tenta-se avançar na mobilidade de talentos em diferentes campos profissionais e de apoiar o Brasil na expansão de seu programa educacional em favor do espanhol.

O Brasil é um dos parceiros mais importantes para a Espanha na América Latina e o objetivo é estabelecer e consolidar uma "relação privilegiada" entre ambos os países, segundo as mesmas fontes diplomáticas.

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Embora as eleições brasileiras sejam no dia 5 de outubro, não se descarta que, por ocasião da Copa do Mundo, aconteça algum encontro de alto nível entre autoridades espanholas e brasileiras.

As relações entre Espanha e Brasil são "muito ricas e intensas" em muitos aspectos, incluindo o econômico, campo no qual as infraestruturas têm relevância especial.

Em 2013, o Brasil se transformou no principal destino dos investimentos espanhois no exterior, com um excedente acumulado que supera os US$ 9 bilhões.

Esses investimentos, muito diversificados, fazem da Espanha o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, explicam as fontes, que destacam que para as empresas espanholas o país representa um mercado-chave que gera uma porcentagem cada vez maior de seus resultados globais.

No terreno comercial, embora os intercâmbios tenham passado por um crescimento progressivo desde o ano 2000, o desafio de ambos os países é aumentar essas relações.

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Nos dez primeiros meses de 2013, as exportações espanholas para o Brasil subiram para 3,10 bilhões de euros, o que significa um crescimento de 31,3% frente ao mesmo período de 2012.

As importações do Brasil subiram para 2,78 bilhões, com queda de 7,4%.

  
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