A saída de Cid Gomes do ministério da Educação foi oficializada nesta quarta-feira (18), com isto, o político cearense é o primeiro ministro a deixar o governo neste novo mandato da presidente Dilma Rousseff.
O político cearense surgiu na política como irmão mais novo de Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no governo Lula. Filiado ao PSB, Cid tornou-se governador do Ceará em 2007, com seu irmão mais velho e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva como principais cabos políticos.
Nascido em Sobral, Ceará, Cid foi reeleito em 2010. Acuados por Eduardo Campos e sua cada vez mais crescente candidatura à presidência, indo de embate com o projeto dos Gomes junto ao PT, os irmãos saíram do PSB e fundaram o Pros em 2013.
Na política cearense ele ainda foi prefeito de Sobral entre 1997 e 2004, e deputado estadual entre 1991 e 1996.
No novo partido, eles continuaram apoiando o PT e estivaram ao lado durante a disputa eleitoral. Com articulação de Ciro e Cid, o Pros trouxe nomes de peso da política nacional como o deputado federal Hugo Leal (RJ) e o governador do Amazonas, José Melo de Oliveira.
Em janeiro de 2015, Cid Gomes foi escolhido o 48º ministro da Educação, o 16º desde o fim da ditadura militar. A sua escolha foi vista como algo natural, pelo Pros ser da base da presidente reeleita Dilma Rousseff, embora tenha pouca experiência com o tema.
Sua estadia na pasta foi marcada por críticas aos deputados federais, a quem chamou de "achacadores" e outros partidos base aliada, em especial o PMDB. Além de problemas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) e no Financiamento Estudantil (Fies).
Cid Gomes completa 52 anos de idade em abril.