BRASÍLIA - Uma comitiva de ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai passar a próxima semana participando de compromissos oficiais na Arábia Saudita e na China. Liderados pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), os chefes das pastas vão participar de eventos e reuniões bilaterais com empresários e representantes do líder chinês, Xi Jinping, e do rei saudita Salman Al Saud.
Além de Alckmin, os ministros que vão viajar para os dois países são Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura) e Márcio França (Microempresas). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, estarão somente nas agendas realizadas na China.
Geraldo Alckmin, Paulo Teixeira, Simone Tebet e Rui Costa informaram que viajarão para os países em voos comerciais. O Estadão procurou Márcio França e Carlos Fávaro, mas não obteve retorno.
A comitiva brasileira também terá o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli.
A agenda internacional dos ministros vai começar neste domingo, 2, quando os representantes do governo Lula vão desembarcar em Riade, na Arábia Saudita. Até a segunda-feira, 3, os chefes das pastas vão participar de encontros com representantes do governo saudita, empresários e investidores.
Os ministros vão chegar a Pequim, capital chinesa, na terça-feira, 4. O evento principal no país asiático será uma sessão plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que ocorrerá entre os dias 5 e 6 de junho. O colegiado é presidido pelos vice-presidentes de Brasil e China e discute estratégias para as relações bilaterais entre as nações. O retorno da comitiva brasileira está previsto para 8 de junho.
Haddad vai ao Vaticano defender taxação dos super-ricos
No mesmo período, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai para o Vaticano defender a taxação dos super-ricos. O embarque de Haddad será nesta segunda-feira, 3, e o retorno para o Brasil está previsto para a quinta-feira, 6.
Haddad vai participar do workshop "Enfrentar a crise da dívida no Sul Global", promovido pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, ligada à Santa Sé. No encontro, é previsto que o ministro da Fazenda apresente a bandeira da taxação dos super-ricos. A pauta é defendida pelo governo Lula, que quer levar a discussão para fóruns internacionais.
O Palácio do Planalto espera que o assunto entre também na pauta do G-7, que vai acontecer em Puglia, no sul da Itália, em junho. O Papa Francisco e o presidente Lula são presenças confirmadas no evento que reúne as lideranças das sete maiores economias globais.