O senador Aécio Neves (PSDB-MG) não será investigado pelo Superior Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato, apesar de ter sido citado por Alberto Youssef durante depoimento em delação premiada, informou o tribunal na sexta-feira.
Ontem, o jornal Folha de S.Paulo publicou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao STF que não abrisse investigações contra o senador. Aécio foi citado pelo doleiro, que afirmou ter ouvido que o senador tinha influência sobre negócios em uma diretoria da estatal Furnas, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Também citada, a presidente Dilma ficou de fora da investigação.
Aécio Neves divulgou comunicado na manhã deste sábado sobre a lista de nomes da operação Lava Jato. O documento contém 47 políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Entre eles, estão os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além do senador tucano Antônio Anastasia.
Aécio disse que vê com surpresa a inclusão de Anastasia na lista. Além disso, afirmou que “temos a mais absoluta certeza de que tudo será plenamente esclarecido. Por conhecermos o seu proceder irretocável, em tantos anos de vida pública, temos a convicção de que a sua inocência será evidenciada”.
“Neste momento, a melhor forma de nos dedicarmos à sua defesa é termos nossas atenções voltadas à análise dos fatos para que possamos dar, o quanto antes, as respostas que o País espera, com ansiedade, sobre a lisura de suas ações”, completou.
O senador destacou que o PSDB recebe a lista do Supremo “com a serenidade e a responsabilidade de um partido que sempre se dedicou à coisa pública com zelo e correção”, afirmando que será “imprescindível a análise dos fatos que ensejaram os procedimentos instaurados e, tão logo esse exame seja feito, tomar as medidas necessárias em relação aos nomes divulgados”.