CNT/MDA: 59,7% são favoráveis ao impeachment de Dilma

Entre os entrevistados, 41,6% disse ter votado na petista no ano passado; Aécio teria preferência se eleições fossem hoje, diz sondagem

23 mar 2015 - 16h20
(atualizado às 16h59)
<p>Protestos contra Dilma levaram centenas de milhares às ruas em todo o País no domingo 15 de março</p>
Protestos contra Dilma levaram centenas de milhares às ruas em todo o País no domingo 15 de março
Foto: Reuters

Pesquisa realizada pelo instituto MDA, divulgada nesta segunda-feira, aponta que 59,7% da população é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra que a desaprovação do governo da petista é de 64,8%, enquanto o desempenho pessoal tem resultado negativo de 77,7%.

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O MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 cidades de 25 unidades federativas, das cinco regiões, entre os dias 16 e 19 de março de 2015. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Defensora do governo Dilma encara ato a favor do impeachment
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Segundo o levantamento, 45,6% dos entrevistados consideraram o governo atual “péssimo”, enquanto 19,2% responderam como “ruim”. A gestão é regular para 23,6%, enquanto 8,9% consideram boa e 1,9% acha “ótima”. O desempenho pessoal da petista é aprovado por 19%.

A avaliação positiva do governo federal teve o pior percentual registrado desde outubro de 1999, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Já o desempenho pessoal de Dilma é o pior já registrado pela série histórica de pesquisas realizadas pela CNT. Em setembro, antes das eleições do ano passado, 24% avaliavam o governo como negativo e 41% como positivo, enquanto 35% consideravam regular. 

Se a eleição fosse hoje, segundo a pesquisa, Aécio Neves teria a maioria dos votos e Dilma Rousseff (foto) seria derrotada nas urnas.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

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A pesquisa também sondou como os eleitores votariam se as eleições do ano passado fossem hoje. A maioria dos eleitores (55,7%) disseram que votariam no senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado pela petista no segundo turno, enquanto 16,6% votariam em Dilma. Outros 22,3% responderam que votariam em branco ou anulariam o voto.

Dentre os entrevistados, 41,6% disseram ter votado em Dilma no segundo turno das eleições do ano passado, contra 37,8% que escolheram Aécio Neves. Outros 10,8% disseram ter votado em branco e nulo.

Embora a maioria dos entrevistados tenha se dito favorável ao impeachment, 96,1% disseram que não participaram de manifestações contra o governo no último dia 15. Dos entrevistados, 34,7% se disseram contra o processo de perda de mandato, enquanto 5,6% não responderam ou não souberam opinar.

Petrobras

Entre os entrevistados, 85% disseram acompanhar o escândalo envolvendo a Petrobras, enquanto 68,9% consideram que a presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção na estatal. Um percentual semelhante (67,9%) também acredita que o ex-presidente Lula tem culpa pelo esquema.

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A lista de políticos investigados pela Operação Lava Jato é conhecida por 75,7% dos entrevistados, aponta a pesquisa - 90,1% consideram que os citados estão mesmo envolvidos nos crimes. 

A maioria dos entrevistados (57,4%) acha que o governo não será capaz de combater a corrupção na estatal, ante 6,4% que acreditam que "sim, totalmente", enquanto 32% responderam "sim, em parte".

Para 50,6% dos entrevistados, o maior desafio do País é a corrupção, seguido da saúde (37,1%), economia (29,3%) e educação (23,7%). 

Economia

A pesquisa também questionou sobre o atual cenário econômico: 92,8% responderam que estão preocupados, ante 6,7% que negaram. Para 50,1% o país está economicamente "parado", enquanto 38% veem um cenário de "retrocesso". Apenas 7,2% acreditam que o País está em desenvolvimento. 

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Para 66,9%, as medidas tomadas pelo governo não são suficientes para reverter a situação de crise, enquanto 82,9% acreditam que a presidente não está sabendo lidar com a questão.

A maioria dos entrevistados (68,6%) acredita que o custo de vida vai aumentar e 77,2% disseram que reduziram as despesas por causa da atual situação. Sobre o mercado de trabalho, os entrevistados ficaram divididos: 43,4% disseram que temem ficarem desempregados, contra 41,7%.

Fonte: Terra
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