O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi oficializado candidato à reeleição neste sábado (12) em uma convenção virtual formatada para exaltar a ampla aliança partidária em torno do tucano. Além do PSDB, fecharam com o tucano as seguintes siglas: DEM, Podemos, MDB, PSC, Progressistas, PL, PROS, Cidadania e PV.
Esse arco vai garantir a Covas o maior tempo de exposição na campanha eleitoral no rádio e TV.
Embora o prefeito tenha evitado nacionalizar o discurso, aliados defenderam que Covas é na capital o vetor de uma coalizão que almeja ir além da eleição municipal e pode ser o primeiro passo de uma frente contra presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no Congresso Nacional e na eleição presidencial de 2022.
Apoio de Marta Suplicy
"Vivemos um momento muito difícil, de retrocesso civilizatório. com um presidente, despreparado. Que o espírito da frente ampla nos guie nessa jornada", disse a ex-prefeita Marta Suplicy, que rompeu com o seu partido, o Solidariedade, para apoiar Covas na campanha.
E concluiu: "Soubemos nos unir frente ao mal maior. Nesse momento eu percebo uma sombra em nossa cidade, que é reflexo de nossa pátria. A gravidade dessa situação me levou, desde o ano passado, a conversar com todas as forças democráticas no sentido da construção de uma frente ampla."
FHC
Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse em sua fala que a eleição municipal "é uma prévia do que pode acontecer no futuro" e que é preciso "aproveitar a campanha para dar a sensação que (o Brasil) pode ter um rumo".
Doria
Apontado pelo PSDB como potencial pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, fez um discurso incisivo contra Bolsonaro.
"Os verdadeiros patriotas não são só aqueles que vestem uma camisa verde amarela para seguir às cegas lideranças que não conduzirão o Brasil para um patamar de igualdade, justiça e fraternidade. A nossa camisa verde a amarela defende a democracia, a diversidade e a compaixão", afirmou Doria.